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sexta-feira, 31 de maio de 2013

LEONEL MATTOS VAI COMEMORAR UM ANO DE SEU ATELIER ITINERANTE

Uma visão do atelier itinerante  no shopping

A convite do Salvador Shopping, o artista  Leonel Mattos  montou um atelier itinerante  que está completando um ano  de funcionamento.A sua  proposta é de levar a arte onde o povo está. Leonel encontra-se agora no primeiro piso, ocupando uma loja onde encontramos várias obras  entre azulejos, aquarelas , esculturas e pinturas.

O artista lembra  que a sua presença num centro comercial não é única , nem uma novidade para ser questionada, porque os artistas precisam comercializar suas obras com dignidade e, nada melhor que num centro comercial moderno e de grande afluência de visitantes.Lá ele atrai futuros clientes, além da oportunidade de dar a sua contribuição  no aspecto educativo.Muita gente que não frequenta galerias e museus tem oportunidade de manter contato com o artista e com obras de arte.

No shopping Iguatemi de Salvador  funcionou durante muitos anos a Galeria Anarte ,de July . Atualmente no Shopping da Gávea , no Rio de Janeiro,está instalada  a Galeria Anna Maria Niemeyer e  no Cassino Atlântico, em Copacabana , já existem galerias de primeira qualidade há mais de vinte anos.Só para citar alguns exemplos,


AS AVES DE CHICO LIBERATO VOAM NO AEROPORTO


Painel exposto pelo artista Chico Liberato, no aeroporto
O artista Chico Liberato está expondo seis painéis  de 5 m por 3,2  metros no Aeroporto  Luís Eduardo Magalhães , em Salvador, com a temática aves. O nome do projeto é Aves Aves . Os painéis foram afixados no vão de entrada  de veículos no setor de embarque do aeroporto. Esta mostra diferenciada nos remete para a causa da preservação , porque o artista pintou aves  em painéis de dupla face da fauna brasileira com suas cores fortes e exuberantes.
O local foi escolhido propositadamente, porque além de ter uma visualização muito maior do que se os painéis tivessem sido expostos num museu. O tema Aves e Aves nos transporta  ao ato de  voar ,este sonho da humanidade que se concretizou com os aviões , também  chamados de pássaros de metal.
Notamos  presença de elementos  da cultura popular
A arte de Chico Liberato sempre foi ligada a temas indígenas, natureza, cordel e outros elementos da cultura popular. Explica a filha do artista Cândida Liberato que  trata-se de  uma  instalação , a qual terá uma segunda etapa, com a presença de dois objetos tridimensionais chamados de Nichos de Aves.  Com cerca de dois metros cada. Esses objetos  deverão ser instalados em breve. O adiamento foi por causa das obras de reforma do aeroporto para a Copa das Confederações.

Chico é um artista multidisciplinar. Escultor, pintor, desenhista, multimídia e cineasta.  Foi um dos pioneiros em nosso país em filme de  animação e, é  reconhecido por sua obra Boi Aruá, de 1983, um longa metragem festejado nos clubes de cinema e  algumas vezes premiado. Além de outros filmes  realizados por ele como Caipora, de 1974;Muçacambira, 1982;Caranaval, 1985;Um Outro, 2008 e Ritos e Passagem,2012; seu segundo filme em longa-metragem de animação.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

ALMANDRADE EXPÔS EM CURITIBA



A exposição com lançamento álbum de gravuras é a primeira individual do artista em Curitiba representa uma síntese do trabalho desenvolvido por Almandrade, dentro de princípios e critérios que vêm direcionando sua opção estética por quase quatro décadas. -“Pensei em elementarismo, despojamento, abecedarismo geométricos mas acabei por optar pela ideia do nudismo abstrato, para tentar caracterizar a postura e a impostação de Almandrade ante suas criações e criaturas sígnicas que hesitam entre a bi e a tridimensionalidade, em duas ou três cores, em duas ou três texturas”(Décio Pignatari, 1995). - A coerência e o rigor em lidar com diferentes suportes, fazem de Almandrade, um pensador que se utiliza desses suportes para produzir reflexões, um autêntico representante de uma geração que surgiu na década de 1970.

A proposta artística de Almandrade convida o espectador a pensar sobre a própria natureza da arte. Depois da passar pelo concretismo e arte conceitual nos anos 70, seu trabalho prossegue na busca de uma linguagem singular, limpa, com um vocabulário gráfico sintético. Aparentemente frias, suas construções estéticas impressionam pelo rigor e pela leveza de suas concepções, marcadas pelo exercício de um saber ao lidar com formas, cores, a matéria e o conceito. Provocam emoções variadas conforme o ponto de vista do observador. Que ninguém duvide: a economia de elementos e de dados não se dá por acaso, configura uma opção estética, inteiramente coerente com a tendência a síntese, ao traço essencial, ao quase vestígio. Um nada, cuja gênese reside na totalidade absoluta. Assim também é a sua poesia.

Na série e no álbum de gravuras o editor e curador da mostra Lincoln Reis foi o responsável pela seleção, com um olhar atencioso e comprometido em registrar um processo de trabalho, mesmo que sintético, direcionou para uma seleção de desenhos e pinturas realizadas entre as décadas de 1970 e 2013, desenhos em preto e branco cujos originais foram danificados devido as condições que foram expostas numa Salvador ainda provinciana, que rejeitava a arte contemporânea, trabalhos que se perderam no circuito da arte correio dos anos de 1970 e outros recentes.

O trabalho de Almandrade, tanto pictórico quanto linguístico, vem se impondo, ao longo de todos esses anos, como um lugar de reflexão, solitário e à margem do cenário cultural baiano. Depois dos primeiros ensaios figurativos, no início da década de 70, conquistando uma Menção Honrosa no I Salão Estudantil, em 1972, sua pesquisa plástica se encaminha para o abstracionismo geométrico e para a arte conceitual. Como poeta, mantém contato com a poesia concreta e o poema/processo, produzindo uma série de poemas visuais. Com um estudo mais rigoroso do construtivismo e da Arte Conceitual, sua arte se desenvolve entre a geometria e o conceito. Desenhos em preto-e-branco, objetos e projetos de instalações, essencialmente cerebrais, calcados num procedimento primoroso de tratar questões práticas e conceituais, marcam a produção deste artista na segunda metade da década de 70.

Redescobre a cor no começo dos anos 80 e os trabalhos, quer sejam pinturas ou objetos e esculturas, ganham uma dimensão lúdica, sem perder a coerência e a capacidade de divertir com inteligência. ( Divulgação)


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Almandrade é o nome artístico de Antonio Luiz M. Andrade, Artista plástico, poeta, arquiteto com mestrado em Urbanismo, pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, é considerado pela crítica como um pioneiro da arte contemporânea da Bahia. Participou de importantes mostras nacionais e internacionais como Bienal de São Paulo. Experimentalista assumido, Almandrade vem se comprometendo com a pesquisa de linguagens artísticas desde l972, onde ora se envolve com as artes plásticas, ora com a literatura. Poeta da arte e artista da poesia. Realizou mais de trinta exposições individuais em várias capitais, autor do livro de poesia “Arquitetura de Algodão”, “Escritos sobre Arte” e “Malabarismo das Pedras” (poesia). É um dos principais divulgadores e crítico da arte contemporânea no Brasil. Ou melhor, um defensor da arte como instrumento de pensamento e não entretenimento.



FOTÓGRAFA BEATRIZ FRANCO VAI EXPOR EM SALVADOR


Uma bela foto da artista Beatriz Franco que vai mostrar em Salvador
Beatriz Franco, fotógrafa e artista visual baiana, com a série O Mar Que Resta ganhou em 2010 o Prêmio Brasil Arte Contemporânea, da Fundação Bienal de São Paulo e Minc. Este trabalho foi primeiramente exposto em Milão na Galeria Carla Sozzani e em Roma  na Galeria Cândido Portinari, em 2011, com curadoria da crítica italiana Giuliana Scimè.
Com abertura prevista para o próximo  dia 7 de junho,permanecendo até  6 de julho, a mostra poderá ser visitada de  segunda a sexta das  9h às 22h e sábado de 9h às 13h, na Paulo Darzé Galeria de Arte. A exposição, contará com 11 imagens e 1 vídeo instalação inédito intitulado  Castelo de Pólen. 
Os textos de apresentação  das fotos são  da italiana Giuliana Scimè e  o do video da professora da Escola de Belas Artes da Ufba , Alejandra Muñoz .
 Todos os trabalhos desta mostra foram produzidos durante o Programa de Residência que a artista fez na Itália, como consequencia da premiação em 2010, e de ter sido vencedora do Edital da Lei de Fomento a Cultura - Fundo de Cultura Secult/BA - do Governo do Estado da Bahia. 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

AS CORES SÃO DESCOBERTAS POR ARTISTA AMERICANA

 JORNAL A TARDE, SALVADOR, SÁBADO, 21 DE AGOSTO DE 1976
O colorido de Alice Barber está exposto na
Mini Galeria da Acbeu, na Vitória

As cores mágicas da América Latina estão despertando uma atenção especial na artista norte-americana Alice Barber, que está em Salvador, onde discutirá durante um seminário na Escola de Belas Artes A Importância das Cores nas Artes Plásticas.

Uma exposição de seus trabalhos, foi montada e está aberta ao público na Mini Galeria da Acbeu, na Vitória.Para ela " o amarelo é a maior de todas as cores. É a cor dos deuses ,do âmbar, do calor, do verão, do pergaminho, do ébano, enquanto que o branco é válido como luz, mas irracionalmente mantenho o que não tem valor como luz, porque para mim, o branco não reflete,  e é sólido."

É este o pensamento desta artista que prima pela cor. Seus quadros representam um carnaval multicolorido onde as cores dançam numa fantástica e mágica vibração. Um de seus quadros demonstra a sua capacidade técnica, através da utilização de tons suaves que permite uma transparência leve e amena. Os flancos parecem movimentar-se na tela em cores variadas, e adequadamente justapostos. Uma pintura que parte do irracional, parte para a magia que exerce o colorido tropical sobre esta norte-americana. É como um descobridor que aqui chegou e ficou encantado com a quantidade de cores e a luz dos trópicos. Deixou atrás o cinza de Nova Iorque ou Chicago e aqui encontra uma terra por descobrir, uma terra onde a arte caminha devagar. As grandes extravagâncias da arte contemporânea, ainda não atingiram seu ápice no Brasil. É aqui que esta americana fica embriagada e aqui quer participar, juntamente, com os da terra deste achado. A descoberta da cor.
Todos estão convidados a participar deste trabalho, que terá início neste seminário, que Alice Barber coordena na Escola de Belas Artes. Será a partida para uma descoberta maior, da qual ela espera contar com a participação de artistas baianos.

COMUNHÃO DO CEARENSE TARCÍSIO NO MAM-RIO

O cearense José Tarcísio saiu do Ceará para apresentar seu espetáculo Comunhão no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro onde utiliza as artes plásticas, a dança, literatura e música. Ele criou o ambiente e as linguagens foram introduzidas posteriormente adaptadas a este ambiente.
A Música está a cargo do Grupo Maria Deia, a Dança com a bailarina Cláudia Eugênia, e a Literatura com o poeta angolano Ruy Alpha.
Assim esteiras, pedras, redes, arame farpado são jogados no espaço cênico. O espetáculo foi idealizado partindo do conceito cristão do ato de comunhão em que várias pessoas se confraternizam num determinado momento, sendo que, no MAM, em princípio se concretiza de forma diferente, isto é, o elemento hóstia utilizado pela igreja é substituído por um novelo de linha que é conduzido por um dos artistas de modo a enlaçar os presentes e assim atingir o seu objetivo. Quanto ao som empregado no show, está dividido em ter ruídos e sons da natureza em off e o repertório do Grupo Maria Deia, que é ligado às raízes populares.

QUEM É



Natural de Fortaleza, Ceará, José Tarcísio foi residir no Rio em 1962. Neste mesmo ano dedicou-se às artes plásticas, quando participou de várias exposições,  obtendo prêmios em muitos salões. Representou o Brasil na 7ª. Bienal de Paris, em 1971, com o trabalho Réquiem Para O ÚltimoArtista; em 1972, Isenção do Júri, no Salão Nacional de Arte Moderna, prêmio viagem ao país, em 1973, e, em 1974, Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, entre outros.
Esta Foto ao lado (Google) foi quando o artista comemorava 50 anos de arte.

Como artista plástico iniciou no desenho, passando a experimentar logo depois a escultura, a litografia e a pintura. Com trabalho a paisagem, seus fragmentos e interferências, tomou um rumo definido, fixando-se na arte experimental mas ainda com a mesma temática da paisagem, que predomina até hoje.

ACOMPANHANTES
Cláudia Eugênia, 19 anos, estuda dança clássica e jaz há cinco anos. Foi aluna de Eugênia Teadorova, Vera Saba e Lennie Dalle. Além de continuar estudando, também dá aulas no Mercedes Batista.
Grupo Maria Deia, o nome do grupo deriva do verdadeiro nome de Maria Bonita, a companheira de Lampião. O grupo é o mesmo desde quando foi formado há 11 anos e são seus integrantes: Alberto de Castro, Ronaldo Florentino e Chico Moreira. O trabalho que o grupo desenvolve é ligado às raízes culturais brasileiras e latino-americana.
Ruy Alpha, é natural de Angola e já reside no Rio há alguns anos, tendo publicado poesias em revistas e jornais brasileiros. Recentemente integrou uma publicação onde estão reunidos vários poetas cariocas e no momento está com um livro de poemas no prelo.

QUARENTA E DOIS LAMBE-LAMBES NO TERREIRO DE JESUS


"Olha O Passarinho!", dois segundos e
a foto está pronta
É hora de valorizar o lambe-lambe, este homem que quebra os mais difíceis galhos quando a gente necessita de uma fotografia com urgência. Geralmente ele fica localizado num ponto de emissão de documentos ou numa  praça de grande afluência de público. Seu processo é simples e curioso. Cobre seu rosto com um pano preto enquanto a pessoa que vai ser fotografada fica imóvel e atrás dela o ajudante do lambe-lambe segura um pano grosso ou um papelão para fazer fundo. Nesta curiosa operação são gastos alguns segundos e mais uns minutos, e, tudo estará pronto. Você sai dali com uma fotografia que dentro de poucos meses estará amarelada, mas que na realidade resolveu um sério problema.
Uma mostra está sendo organizada pela Prefeitura a partir de amanhã, às 10 horas, quando 42 lambe-lambes estarão disputando os três prêmios instituídos de CR$ 1.500,00 CR$1.000,00 e CR$500,00. Eles chegarão um pouco antes do início da prova e a comissão organizadora dará um cavalete a cada um onde exporão as fotografias e o material para fixar as fotos e instruções para a mostra. Os lambe-lambes farão fotos de paisagem, gente, animais e tudo que estiver a sua volta. As fotos serão em preto e branco em qualquer tamanho. Se você quiser uma foto vá amanhã ao Terreiro de Jesus que 42 fotógrafos estarão à sua espera.

PARTICIPAÇÃO

Para o julgamento, a Comissão vai considerar a arte fotográfica, técnica de montagem e fotográfica e as máquinas em função da técnica empregada, dando o resultado às 15 horas.
Cada espectador pode participar indiretamente da mostra, como elemento fotografado, influenciando não só profissional como economicamente para cada fotógrafo.
Paralelamente à mostra haverá apresentações de mambembes, mamulengos, pelotiqueiros, destacando-se o mamulengueiro Natanael da Costa Oliveira, que estará presente com seus 40 bonecos, apresentando diversas histórias, por ele consideradas  comédias: O Matuto Sentando Praça, Cobra Gigante , Os 3 Vigias, O Casamento e o Enterro da Velha Filefidéfica, O Casamento de Anastácio, A Escola do Ignorante, Lamparina Nega do Balaio Grande.Nessa apresentação Natanael usa cinco vozes: velho (a), mulher ,homem e criança.


                              PAINEL

PESQUISA- O Instituto Nacional de Artes Plásticas, órgão ligado a Fundação Nacional de Arte, do MEC, abriu inscrições para o apoio a pesquisa do período Colonial a atualidade na área das artes plásticas, a estudiosos vinculados ou não á instituições públicas ou privadas.Os interessados devem dirigir-se ao Instituto Nacional de Artes Plásticas da Funarte, à Avenida  Rio Branco, 199 para solicitar instruções e propor e apresentar seus projetos.


PUBLICAÇÕES-Visando a organização da coleção Panorama de Arte Brasileira Ontem e Hoje, a Funarte através do Instituto Nacional de Artes Plásticas INAP, examinará para possível publicação em livro, originais inéditos ou monografias de estudiosos e historiadores de arte, pesquisadores, críticos, artistas e movimento, que versem sobre aspectos específicos relacionados com a evolução das Artes Plásticas no Brasil.

PRORROGAÇÃO - Em razão do interesse manifestado por artistas de todo o País , e atendendo às solicitações dos estudantes universitários, a Funarte decidiu prorrogar o prazo anteriormente fixado para entrega dos trabalhos do Concurso promovido para escolha do seu logotipo. A data do encerramento inicialmente marcada para 1° de setembro, fica portanto protelada por mais trinta dias, esgotando-se o prazo no dia 1º de outubro vindouro.


RAYMUNDO AGUIAR : A VITALIDADE NO MUSEU


JORNAL A TARDE SALVADOR SÁBADO, 4 DE SETEMBRO DE 1977



Raymundo Aguiar com um
de seus bisnetos
Com oitenta e dois anos de idade o velho mestre Raymundo Aguiar continua lúcido e produzindo uma arte de alto nível. Sua produção é vasta com a sua idade.
Desde pequeno que se dedica à pintura, iniciando seus estudos em Portugal sob a orientação de alguns professores, mas principalmente o seu pai Antônio Chaves de Alves, Primeiro Violino na época do Teatro São Carlos ,em Lisboa. Uma família de artistas. Duas irmãs eram famosas pianistas e uma delas ao fazer uma viagem ao Brasil para apresentações fez amizade com o próspero comerciante  Guilherme Carvalho Filho e desta amizade nasceu a decisão de trazer para cá o Raymundinho. Tudo foi combinado e em novembro de 1913 ele desembarcava num vapor, quando foi recebido por alguns patrícios e foi morar numa pensão na Fonte das Pedras. Aí tudo foi difícil.
Trabalhou com o português Augusto Carvalho onde chegou a ser Chefe do Setor de Embalagens e Faturista. Porém, a arte permaneceria em sua mente com uma necessidade de expressar os seus sentimentos cada vez mais fortes devido às saudades de sua pátria longínqua. Assim surgiram dezenas de aquarelas, caricaturas e desenhos de um modo geral que sua habilidade já era do conhecimento de grande número de pessoas. Por isso um companheiro de empresa convidou o Raymundo para fazer um retrato de um amigo que aniversariava.
O retrato foi feito, saiu bem parecido com a pessoa e todos gostaram. Um dia decidiu procurar o então professor Oséas Santos, na Escola Normal. Era por volta de 1916 e seus trabalhos também foram elogiados pelo Oséas. Daí alguns trabalhos foram publicados no Jornal A Tarde levados por Henrique Carneiro. Logo depois foi fundado o Jornal A Hora ,por Artur Ferreira que combatia o Governador Antônio Moniz e o Intendente Propício da Fontoura
Raymundo Aguiar foi convidado para fazer as caricaturas e uma delas que mostrava Antônio Moniz cobrindo as nádegas de uma estátua numa praça que tinha esta legenda: O que é isto Governador cobrindo estátuas? É meu amigo, não quero confusões."
Por isso a edição do jornal foi apreendida. Mas o jornalista Artur Ferreira não perdia tempo e nem tampouco tinha medo de represálias.Encomendou outra caricatura criticando o Governador.

Raymundo Aguiar fez uma que apresentava a cabeça de Antônio Moniz em quatro fases e na última ele se transformava num anjinho.Neste dia o jornal A Hora foi empastelado pela polícia tendo à frente Álvaro Cova, então Chefe de Polícia do Governador Antônio Moniz.

Logo depois com o assassinato de Artur Ferreira, o artista Raymundo Aguiar vai trabalhar no Jornal de Notícias, no tempo de Lulu Parola. Passou algum tempo no jornal Imparcial, na revista A Fita, que era uma revista de variedades, além das revistas Luva e Única, esta dirigida por Amado Coutinho.
Em 1927 organizou uma mostra de algumas de suas charges em aquarela, no antigo salão da empresa Circular e o Professor Vieira de Campos indo visitá-la escreveu uma crônica no Diário de Notícias "que me virou a cabeça", diz Raimundo Aguiar com muito orgulho.
Nesta época tinha mulher e dois filhos para sustentar.Larguei o meu emprego certo que tinha no comércio e resolvi dedicar-me inteiramente à arte. Na época me chamaram de louco até o Professor Oséas Santos.

Acontece que ninguém conseguiu retirar a ideia de minha cabeça e hoje sou um homem feliz.
Passou o artista a fazer charges para os jornais,croquis para rotulagens, cartazes de espetáculos e trabalhava em outros serviços para as litografias Luzitania e Reis, que existiam em Salvador, e também para a Oficina de Gravuras Tostas.
Como ele tinha o curso ginasial que fez em Lisboa teve que fazer uma espécie de vestibular para entrar na Escola de Belas Artes. Assim foi feita uma banca de examinadores. O Professor Conceição Menezes examinou-me em Português, Francês, Geografia, História do Brasil e Ciências. O Professor José Nivaldo Alcione, em Matemática, Álgebra e Geometria. Fui aprovado com 9.6.
De lá tudo foi mais fácil e já em 1933 concorria e vencia o prêmio Viagem Legado Caminhoá. O Professor Alcione que era professor de Geometria Descritiva da Escola de Belas Artes convidou-me para seu assistente e quando ele se afastou passei a reger a cadeira até 1963, quando me aposentei pela compulsória e logo em seguida recebia o título de Professor Emérito da Universidade Federal da Bahia.
Sobre sua arte tudo já foi dito. Raymundo Aguiar é um homem inquieto e por isto sua temática teve que mudar. Pintava paisagens e adorava ficar horas e horas transferindo para a tela árvores, o mar, enfim, toda a grandiosidade da natureza.


Esta tela está exposta no
Museu de Arte Sacra
Acontece que as pessoas viviam assediando-o, a cidade crescia e os curiosos terminavam por causar-lhe problemas. Pegava a tela e os pincéis e vinha embora e sempre voltava em busca de uma hora de mais tranquilidade. Por isso passou a dedicar-se aos interiores, hoje tão conhecidos e tão disputados pelos colecionadores.Pintava ao lado de Presciliano Silva, Mendonça Filho e outros.

Afirma Raymundo: só assim conseguia pintar em paz nos sobrados, nas igrejas com suas sacristias místicas fui criando e realizando os meus trabalhos, mas a certa altura seus quadros eram apontados com uma certa semelhança com os feitos por Presciliano Silva.
Ele não pestanejou, deu luminosidade às suas telas, as quais ganharam mais força perdendo as cores sombrias.Foi criticado por seus colegas devido ao uso da luz, mas a luz é uma necessidade inata a este velho moço que pinta com vigor em seus 82 anos de idade. A luz é uma constante na vida de Raymundo Aguiar que já realizou dezenas de exposições e esperamos que tantas outras ainda virão.

Embora seja um pintor acadêmico, o velho Raymundo pouco pintou rostos e bustos. Isto porque ele não tem paciência de trabalhar com o modelo, que constantemente está mudando de posição, prejudicando o trabalho. Esta impaciência do jovem Raymundo ainda permanece no velho moço e é graças a ela que belos quadros continuam sendo criados.

               UM POTENCIAL OCULTO DE MARIA ADAIR

Este é o painel Fecundação onde Maria Adair expressa a força da natureza 
"Há um potencial oculto, secretamente escondido, dentro de cada um de nós," afirma a artista Maria Adair Magalhães Brocchini ou Maria Adair, que está expondo na Galeria Cañízares. É exatamente o desenvolvimento ou ativação deste potencial, que permite a esta artista criar dentro da temática natureza quadros, que na realidade não tem um fim definido. Cada desenho parece querer pular dos suportes e continuar por todos os espaços. É um derramar de formas concebidas em pedaços, que juntados não dão uma composição bem maior.

O desenho e as formas dominam seus trabalhos contemplados pela presença da cor. Olhando cada uma tela separadamente, a gente tem a impressão que cada uma delas é um pedaço de um imenso painel. Lembramos dos azulejos sozinhos que justapostos formam um painel. Assim vemos o trabalho de Adair, que de certa forma assemelha-se com os trabalhos de Juarez Paraíso, na expressão das formas, nos movimentos voluptuosos. Uma semelhança que não desmerece o trabalho de Adair, mas, ao contrário, enobrece, tendo em vista a qualidade técnica que tem Juarez.
O Juarez artista e professor, vem exercendo uma grande influência em vários artistas baianos, principalmente os jovens que estão sendo iniciados na arte . Evidente que não falo de Adair, ela não é uma iniciante , a sua técnica e o seu desenho já a qualificam como uma artista definida. Mas, não posso deixar de registrar a influência da escola de Juarez em seus trabalhos.
Ao lado da pintura Adair ensina Iniciação Artística em alguns colégios da capital. Isto é importante porque assim ela terá oportunidade de descobrir e fazer a arte ser vista por adolescentes. Como ela mesmo afirma, "fazendo arte, você expressa ideias e sentimentos do mundo imaginário, que existe dentro de você, do mundo real e físico que o rodeia."
Sua exposição apresenta bicos de pena, óleos e  gravuras. Está expondo cerca de 40 trabalhos.São trabalhos livres, que vão fluindo no correr do pincel, ou da pena. Maria Adair vive com um bloco de notas preso às mãos. Qualquer tempinho disponível ela vai riscando e depois aproveita esses desenhos feitos instintivamente.

Noto que os seus quadros levam a gente a um aprofundamento no interior das formas e a uma contemplação da beleza e fortaleza que nos rodeia.
No painel Fecundação, Maria Adair apresenta partes em cada tela que juntas dão uma ideia de todo um ciclo vital. A natureza, a vida é a temática e a figura humana é ausência.

                          PAINEL

EMPRÉSTIMO- Impressiona a troco de velhos alemães. A Jovem Com Flores, de Auguste Renoir (Foto), pintando por volta de 1890 com 65x54cm, hoje pertencente ao Metropolitan Museum de Nova Iorque, O Rapaz Com a Espada, de Edouard Manet e a Ile Aux Fleurs, de Claude Monet estão sendo muito visitados e poderão ser admirados durante dois anos no Museu de Munique. Os três quadros dos impressionistas franceses foram emprestados à Alemanha em troca de três obras de velhos mestres alemães: um triptico, um quadro sobre madeira da lenda de São Cristovão, bem como duas pinturas  da Escola de Pintura da Colônia, sec. 14-16; Lá trocam quadros para animar e levar mais gente aos museus. Aqui engavetam e arquivam nas salas empoeiradas e depósitos úmidos.

HELENA MATOS- A Galeria O Cavalete está apresentando uma mostra de Helena Matos a partir de 10 do corrente. Notamos em algumas gravuras de seus quadros inseridos no catálogo um lirismo singular. As figuras parecem que vieram de infinitos lugares e olham o mundo conturbado com pena. Uma pena expressa nos olhares que estão longo. São verdadeiros poemas feito quadros. Seus quadros chegam a atingir o surrealismo com o seu mistério e encantamento.Os tons e meios tons, a presença de símbolos e animais que comumente estão ligados ao mistério com o gato. Uma pintura bonita, lírica e que faz bem aos olhos.


LEILÃO- Foi realizado um leilão em A Galeria, São Paulo de 100 obras selecionadas entre as quais figuraram Jenner Augusto, Carybé, Carlos Bastos, Fernando Coelho e Raymundo Oliveira. A Bahia foi presença.

ABORDAGEM- O psiquiatra e pintor César Romero estará abrindo sua mostra no próximo dia 24 do corrente na Galeria da Pousada do Carmo, abordando temas da solidão humana, ambição, a angústia tão presente na sociedade contemporânea. Uma arte perfeitamente integrada com a atividade profissional deste artista.


SÉRGIO VELOSO- Outra exposição anunciada é a de Sérgio Veloso, na Panorama Galeria de Arte, na Barra,  partir do próximo dia 10. Serão mostrados diversos quadros com figuras humanas com um tratamento especial que permita a individualização do seu trabalho.

LEONARDO ALENCAR- O conhecido artista Leonardo Alencar está expondo no Hotel Merídien, 25 trabalhos a óleo e 12 xilos. São os peixes e cavalos criados dentro de uma visão muito pessoal de Leonardo.

ARTE EM GOIÂNIA- A Universidade Federal de Goiás através do Instituto de Arte vai promover de 9 a 30 do corrente o V Festival de Música e Artes Plásticas com o patrocínio do MEC. Da programação consta recitais, concertos, conferências, montagens folclóricas, apresentações de filmes de arte, além de cursos de extensão, com inscrições abertas ao público. Não haverá exposição como inicialmente estava programado e foi noticiado. Apenas serão realizados um Curso de Desenho coordenado por Lydio Bandeira de Mello ,da UFRJ e, outro sobre Visão de Arte Contemporânea ,por Regina Stela Machado a USP.

MAU GOSTO- É de péssimo gosto e de difícil visualização o programa de atividades mensais da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Espetáculos musicais, lançamento de livros, exposições, tudo é apresentado numa mistura de datas. O logotipo da Fundação sobrepõe-se ao texto prejudicando a visão do conjunto. É hora de reformar este programa.

E O MUSEU?- Anunciaram com estardalhaço a criação de um museu na cidade de Cachoeira. Foram doados centenas de matrizes e xilos para a criação do mesmo. Foi destinada uma verba. E o museu?

CALIXTO SALES E SUA ARTE CHEIA DE SENTIMENTO


JORNAL A TARDE, SALVADOR, SÁBADO 18 DE SETEMBRO DE 1976


As bandeirolas e o casario colonial de Calixto 
Arte primitiva, primitivista, ingênua (naif), de comportamento arcaico, da realidade popular ou outro rótulo que os amantes das artes plásticas o chamem representa na verdade uma arte instintiva que explode inesperadamente dos sentimentos de gente muitas vezes totalmente isolada do tráfego e dos inferninhos das metrópoles. Já também a chamaram de arte insita a qual passa a ser consumida pelos habitantes das metrópoles e mesmo reconhecida pelos museus como uma manifestação popular bem próxima do folclore. Acontece que para mim esta arte tem uma importância primordial e muitas vezes é muito mais autêntica do que a arte feita por pessoas oriundas de bancos das escolas de Belas Artes. Acredito que seja mais séria e a criatividade é inata e impermeável às influências dos modismos que tanto estamos acostumados a ver enchendo as salas de galerias. É dentro deste pensamento que quero apresentar um jovem pintor de apenas vinte e cinco anos de idade e um novato profissional. Um balconista de um pequeno armazém de cereais na localidade de  Coqueiros às margens do rio Paraguaçu no Recôncavo baiano que foi descoberto e, hoje tem seu atelier na Galeria Rag, na Boca do Rio ,onde continua fazendo o seu trabalho sem concessões ou preocupações de mercado. Este jovem artista deve ser visto como uma das principais expressões desta arte cheia de vitalidade e de importância ainda carecendo de ser mais ainda reconhecida. Os seus gestos, as suas frases são tão simples como as pinceladas que Calixto Sales dá nas telas brancas que lhe chegam às mãos. Quando conversamos com ele notamos toda uma ingenuidade de um artista que apenas está interessado em pintar e que se mantém longe das concorrências ou atitudes mesquinhas.
É um autodidata, como o são seus colegas primitivos.Desde criança que desenha e pinta quadros. Iniciou na escola primária pintando figuras históricas. Mas a necessidade de trabalho para sobreviver resultou no abandono dos bancos escolares que mal iniciara. Foi trabalhar como balconista num pequeno armazém de cereais que no interior chamamos de bodega e nos intervalos entre um freguês e outro pintava. Assim continuou sua trajetória que ainda tem muitos espaços a percorrer. É no percurso desta trajetória que os velhos casarões, o leito calmo do Paraguaçu e o verde tropical a pareceu com muita força através de cores fortes.

O desenho não chega a ser perfeito, mas apresenta uma qualidade superior a muitos primitivos especialmente nos casarões coloniais onde os traços retos mostram a firmeza do seu punho.As cenas de ruas e da zona rural são retratadas em sua visão primitiva e ingênua. As prostitutas misturadas com marinheiros em ruas estreitas nas cidadezinhas do interior da Bahia, as baianas do acarajé, os vendedores ambulantes, enfim figuras que estão aos poucos desaparecendo não apenas de Salvador como também das cidadezinhas onde os armazéns e pequenos supermercados concorrem com as feiras livres e vendedores ambulantes.

Além das belezas dos casarões com seus azulejos multicoloridos Calixto Sales transporta para a tela numa linguagem simples o verde e amarelo, o vermelho e o azul intenso do tropical conservando desta forma toda uma ambientação e vivência de uma localidade - Coqueiros - onde a civilização ainda não chegou a perturbar a vida de seus poucos habitantes.
Calixto Sales fala pouco porque a sua especialidade é o pincel que flui instintivamente nas telas de onde surgem belas composições. Os espaços são bem ocupados por casas, figuras humanas e árvores devidamente localizadas em pontos estratégicos dando um equilíbrio de forma e cor. Acredito que este artista tem tanta importância quanto o famoso engraxate João Alves, já falecido, mas reconhecido como um dos principais pintores primitivos do país. Só que Calixto é jovem e continua a produzir,
Devido à importância do seu trabalho não podemos admitir que este jovem artista fique restrito aos conhecimento dos baianos. É preciso apresentar os seus trabalhos em outros centros, onde o mercado de arte está mais desenvolvido e de onde surge o reconhecimento em termos nacionais.
Tenho escrito que ultimamente pouca coisa nova em termos de arte visuais tem surgido na Bahia. Os medalhões continuam fazendo as mesmas coisas que faziam há 30 ou 40 anos atrás e por isto é gratificante quando surge o Calixto Sales, um intimista, um primitivo, ingênuo e criativo.

          A BAHIA DE CANDOCA NA GALERIA CAÑIZARES

Conhecida de todos aqueles que acompanham as artes visuais na Bahia, a artista Candoca está expondo desde ontem, na Galeria Cañizares. Suas telas falam da Bahia antiga com as cenas onde os tipos populares aparecem. É uma pintura sóbria e de técnica apurada. As cores são utilizadas dentro de uma composição perfeita e singela.

Uma das telas de Candoca exposta na Cañizares
A ternura e o misticismo das igrejas e casarões da velha Bahia, que hoje desaparecem, devido ao desenfreado apetite das imobiliárias, são jogados com maestria. Como afirma meu amigo Ivo Vellame, Diretor da Escola de Belas Artes da UFBA,  "mostrar a arte de Candoca é mostrar a Bahia no que nela há de mais significativo e expressivo, porque este anjo de artista plástica está incondicionalmente ligado às raízes eternas e soberbas da Boa Terra." Vou mais longe, acredito que Candoca é uma das poucas artistas da Bahia, que consegue levar para a tela o perfume e o misticismo de nossas ruas e a malandragem do baiano, latino por natureza e comportamento, uma página da Bahia com seus casarões, suas ruas tortas e enladeiradas, suas esquinas onde despontam os mistérios, onde surgem repentinamente as prostitutas, as colegiais e os molecotes, que vendem amendoim. Aqui não existe simplesmente o desgastado elemento casario como temática, porque a figura humana dá mais calor à tela. Os homens e as mulheres servem para mostrar todo o calor humano destes locais, antes chiques, hoje turísticos, mas acima de tudo baianos.
Muita gente conhece Candoca, porém, tenho certeza que poucos sabem que ela é carioca e chama-se Cândida Jorge dos Santos Ferreira. Quando adolescente, estudou pintura com madame Berthe Pavec, artista laureada pela Escola de Belas Artes de Paris, em Cannes-França.
Candoca expôs pela primeira vez, no Salão Baiano, em 1956 e daí realizou várias exposições individuais, inclusive no Greek Theater, em Los Angeles. Agora ela nos apresenta dezoito óleos e quinze guaches. Todos versam sobre ruas e pontos tradicionais de Salvador e Itaparica.

                               PAINEL

A 201- Carmem Bardy conhecida por suas serigrafias baseadas no tema O Posto é a 201ª expositora da Galeria Bonino, no Rio de Janeiro. Atualmente ela mora em São Paulo e desde o dia 14 do corrente que a Bonino apresenta alguns de seus trabalhos que tem como novidade a presença do elemento humano. Há cinco anos tornou-se profissional.

PINACOTECA- foi inaugurado na Pinacoteca da Aplub, em Porto Alegre o busto do escritor gaúcho Érico Veríssimo. Esta Pinacoteca é famosa por manter e preservar a arte rigorosamente, e quando de sua inauguração há alguns anos foi de autoria de Érico Veríssimo a apresentação do catálogo. O busto do escritor foi feito pelo escultor A. Caringi.

DOIS NA ACBEU- A Associação Cultural Brasil-Estados Unidos inaugurou uma mostra dos trabalhos de Marlene Cardoso e Justino Marinho, a qual permanecerá até o dia 24 do corrente. A minigaleria da Acbeu, fica no Corredor da Vitória, 1883.

CARMEM CARVALHO- Pastéis e estamparias estão sendo, trabalhados pela artista Carmem Carvalho. A individualidade do seu trabalho o credencia para apontarmos como uma das mais importantes da Jovem Guarda das artes plástica na Bahia. Apenas, é preciso perder a timidez e partir para a profissionalização.

O GRUPO FAMOSO- Glênio Blachetti, Glauco Rodrigues, Danúbio Gonçalves e Carlos Scliar, os quatro artistas que formaram em 1950 o famoso Grupo da Gravura, estarão reunidos numa mostra em Porto Alegre para nova reafirmação em defesa da arte nitidamente brasileira. Eles estão separados há algum tempo, pois cada um enveredou por um caminho em busca de linguagem própria e o reencontro será um acontecimento importante para o setor.

LEVEZA DE SÉRGIO- Visitei a exposição do artista Sérgio Veloso, na Galeria Panorama e senti-me gratificado com a leveza do seu trabalho. Uma pintura que pode ser recebida de braços abertos. As cores claras dão ao espectador uma sensação de tranqüilidade, de um trabalho feito com amadurecimento plástico. Sua pintura não agride, ao contrário, é tão leve, tão suave que acaricia.

REAÇÃO DE TEMPO- O cartaz é uma das formas de comunicação de massa rápido e penetrante. Mas o cartaz ainda não despontou com a importância que merece no Brasil, especialmente na Bahia, onde estamos acostumados a ver cartazes que são verdadeiras agressões. O mau gosto e, a falta de toque artístico prolifera na maioria dos cartazes de cursos e congressos agridem as vistas. Em vez de comunicar destroem a imagem daquilo que tentam ressaltar.
Agora fico feliz com uma posição tomada por um grupo de artistas que está brigando pela nacionalização dos cartazes de cinema. Acontece que os filmes estrangeiros são anunciados através de cartazes estrangeiros e isto eles consideram inadmissível. "No Brasil, o máximo que o nativo pode fazer é colar o cartaz na frente do cinema", diz Monserat Filho, presidente do Clube de Criação do Rio, responsável pela campanha de nacionalização do cartaz de cinema. Existe um projeto que já passou pelas comissões de Constituição e Justiça, e de Educação, da Câmara Federal.Agora vai para a Indústria e Comércio ,e finalmente, para o Plenário. É mais uma esperança para o artista plástico brasileiro.

FOTOS DE JAIME- Obteve sucesso a exposição de fotos, a cores, de Jaime Costa, realizada recentemente na Associação Comercial de Ilhéus. Intitulada Bahia de Todos os Tempos, a mostra constou de 30 painéis. Dentista, 60 anos, fotógrafo amador há 40, Jaime Costa foi muito solicitado pelos colecionadores.Agora ele prepara uma nova mostra, também de fotos, sobre a região do Araguaia.  

domingo, 26 de maio de 2013

AS FIGURAS DE MURILO


JORNAL A TARDE SALVADOR SÁBADO, 11 DE SETEMBRO DE 1976


Tive a oportunidade de examinar alguns quadros de Murilo por acaso. Estava participando por escolha de alguns trabalhos, que deveriam ser selecionados quando deparei-me com alguns quadros que contavam uma estória: eram feitos dentro de uma técnica razoável, mas sobretudo impressionavam por sua linguagem e unidade. Eles foram selecionados e eu não conhecia o Murilo. Esta semana conheci-o e pude verificar quanto jovem é este artista que certamente vai continuar fascinado pela figura humana grande fonte de sua inspiração. É um expressionista onde as multidões aparecem numa tentativa talvez de registrar a transformação porque passa a humanidade. Telas povoadas, cheias de figuras místicas e contemplativas, onde mães famintas estão juntas com frades também esquálidos. Uma pintura que retrata o sofrimento da gente que não conseguiu até agora partilhar do desenvolvimento. Quanto às cores são suaves e tons escuros contribuem para dar uma ambientação mística. Sua mostra está no Clube Bahiano de Tênis e tem como patronesses July e Silva Maria.

           A SERIGRAFIA E A ESTAMPAGEM


A artista Carmen i mostra uma obra em serigrafia
Carmem Bardi está interessada em mostrar que a serigrafia não é pura estampagem e para isto organizou uma mostra de esculturas e 24 gravuras que ficarão na Galeria Bonino, no Rio de Janeiro. A novidade nesta sua mostra será a presença do elemento humano junto ao principal tema do sue trabalho o poste.
Suas obras salientaram sempre a Comunicação, tendo o poste como símbolo, transformando em elemento de linguagem. E a melhor maneira que a artista encontrou para expressar seus sentimentos foi através da escultura e da serigrafia. Na escultura, a artista criou o que chama de estratégia vegetal, onde a natureza mistura-se com a tecnologia, peças e fios de cobre utilizados nos postes entrecortando troncos de madeira.
A artista falando sobre seu trabalho diz que no Brasil a serigrafia é feita como estampagem e não como um processo gráfico elaborado. A obra só é real quando resulta de um trabalho gráfico do artista criador, ou seja, a partir do momento em que a pessoa tem a idéia, pesquisa, desenvolve-a e acompanha todo o seu processo evolutivo.
Ela trabalha sobre a tela-matriz utilizando-se de todos os recursos disponíveis, mas vai além quando pega a fotografia, amplia e faz fotolitos e inicia a execução do trabalho incorporando, decompondo, superpondo ou justapondo, em suas criações, os elementos participantes d tela e que vão originar a obra final.

     CONTEMPORÂNEOS BRASILEIROS
Uma coletiva intitulada Contemporâneos Brasileiros está aberta desde ontem na Galeria Signo, em Ipanema no Rio de Janeiro. A mostra foi idealizada para inauguração de galeria e apresenta trabalhos de Eugênio de Proença Sigaud, Geza Hellr, Manuel Santiago, Bianco ,Guima, Inácio Rodrigues, José Maria, Adilson Santos, Orlando Britto e Rosina Becker do Valle representando uma síntese das várias tendências concorrentes no país, no campo da pintura.
A Signo é dirigida pelo tapeceiro Zitto Saback que reuniu nesta mostra pintores de linguagem diversificada, sem propósitos historicistas, movimentos ou grupos.
O quadro da foto é de autoria do baiano Adilson Santos.
                      
                      PAINEL

O DIREITO AUTORAL -Um dos principais problemas enfrentados pelos intelectuais brasileiros era a falta de regulamentação digna do direito autoral. Agora o Conselho Nacional de Direito Autoral acaba de baixar uma resolução constituindo o Fundo de Direito Autoral que terá, entre outros, recursos do produto da autorização de obras de intelectuais nacionais e estrangeiras pertencentes ao domínio público que passa a depender do CNDA.

No caso de livros, fonogramas, gravuras ou similares, além da quantidade autorizada pelo Conselho Nacional de Direito Autoral, o diretor ou interessado poderá reproduzir 10 por cento da edição, destinados a promoção e divulgação da obra, vedada sua comercialização.
Assim 5% sobre o preço de venda ao público de publicação de livro, obras musicais e gravuras de obras plásticas, para finalidade não didáticas serão destinadas ao Fundo de Direito Autoral.


VISÃO DE ARTISTAS - Os pintores norte-americanos, Andy Warhol (à direita) e Jamie Wyeth ( à esquerda) retrataram-se naturalmente e pousaram ao lado de seus quadros em Nova Iorque. Os trabalhos foram, em seguida expostos na Galeria Goe-Kerr, de Manhattan. Wyeth pintou Warhol ao vivo, enquanto este pintou Wyeth com base em fotografias. O próximo projeto desses artistas é um retrato conjunto numa única tela.


YOLANDA FREIRE-  O trabalho Achei de Yolanda Freire que está no foyer do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, demonstra sua preocupação com a universidade do ser. Diz ela: O trabalho que venho desenvolvendo se processa muito mais dentro de mim do que externamente. Envolve esculturas de elementos vitais a abstratos, e pinturas de telas invisíveis mais sensíveis. A tela viva invisível, a escultura viva impalpável, ambas se tornam presentes, embora revestidas de curtas formas.

FERNANDO COCCHIARALE- Artista, s 2. gên. Pessoa que professa as Belas Artes, pessoa que revela sentimento artístico; operário adj. 2. gên, amantes das artes; engenhoso,astucioso (coletivo: elenco, grupo.)
Uma série de verbetes é o material utilizado pelo artista na exposição Amostra que está exposto na área experimental do MAM. Os verbetes foram extraídos do Dicionário Escolar da Língua Portuguesa- MEC, e respondem diretamente às categorias profissionais e às perguntas por exemplo: o que você é? Que é que você faz? Assim o público responde a várias perguntas, que são computadas diariamente no final da exposição ele terá um recenseamento da freqüência da mostra.

IMPORTAÇÃO- Já foi assinada pelo Ministério da Fazenda a resolução que reduz a alíquotas do imposto sobre o material utilizado por artistas plásticos, sem similar nacional. Entre os itens constam: tintas acrílicas, tintas da China, pigmento em pó, óleo de linho clarificado, polimerizado, claro resinas para vernizes Mastique e Damar, vernizes para quadros e para retocar, telas preparadas destinadas à pintura artística, pinceis de marta e de cerdas, e, papéis especiais para desenho e para aquarela.
Quanto aos materiais de gravura os benefícios atingem: crayon litográfico e corretivo, tinta litográfica líquida ou em bastão, tintas especiais para gravura em talho doce em tubo ou em lata, tintas especiais para gravura em madeira, verniz para gravura negro fluido e negro laca transparente e óleo para talho doce.

MUSEU DESPEJADO- Como é de conhecimento geral os museus e casas de cultura geralmente são levados a segundo plano. A política cultural ainda não os atingiu como merecem.Agora é a vez do Museu dos Teatros no Rio de Janeiro que foi fundado há 26 anos e agora foi despejado.

Ele ocupava umas salas escuras no Teatro Municipal e o descaso tomou conta das peças que também foram atacadas por ratos e cupins.O número de visitantes era 2 mil pessoas em média por mês e suas peças estão embaladas, à procura de local.







POLÊMICA EM TORNO DE TIRADENTES


JORNAL A TARDE, SALVADOR, SÁBADO, 18 DE DEZEMBRO DE 1977 

A obra que tanta polêmica gerou 
É evidente que a polêmica que ora foi estabelecida no Rio Grande do Sul em torno de um trabalho executado pelo artista Vasco Prado, que apresentou uma escultura de Tiradentes com três bocas, tem uma colaboração de pieguice e falso puritanismo muito maior em relação a esta figura tão controvertida de nossa História. Estamos acostumados e fomos induzidos a aceitar um Tiradentes com uma imensa barba e rosto sereno. A simples apresentação plástica modificando esta imagem gera evidentes reações como o do Sr. Leandro Telles, que é o Presidente do Movimento de Defesa do Acervo Cultural, do Rio Grande do Sul, que assim vê a obra: "Um Tiradentes de três bocas será dificilmente explicável à nossa infância pelas professoras das escolas primárias."
 Esta hipótese do Sr. Leandro vem portanto confirmar que a figuração que foi incluída de Tiradentes em nossa mente é outra. O trabalho artístico tem outras conotações além da histórica, que devem ser levados em conta, as quais foram despercebidas pelo contestador gaúcho. Lembremos, por exemplo, que as três bocas podem representar a força comunicativa e de liderança do Tiradentes símbolo de um movimento". Como explica Vasco Prado, autor do monumento " a verdade é que não posso me ater a padrão antigo que caracteriza os monumentos aos heróis nacionais. Não posso fazer Tiradentes com manto, corda no pescoço e olhar perdido no horizonte. É preciso transmitir algo mais, dar um significado, uma mensagem ". E isto ele conseguiu a partir do momento que levantou uma polêmica em torno da imagem de um dos nossos mais nobres heróis.
Mas, também, o artista não está no Rio Grande do Sul, porque o Presidente da Assembléia Legislativa, deputado João Carlos Gastal compreendeu o seu objetivo quando afirma que desperta um forte sentimento de veneração e respeito pelo homem que deu a vida por um Brasil Livre esta escultura de Tiradentes. O monumento tem quatro metros e meio de altura, é todo feito em chapas recortadas de aço inoxidável, acentuando as nervuras da solda. Foi inaugurado em 30 de novembro último pela Assembléia legislativa atendendo ao que dispõe a lei..4.897 de 12 de dezembro de 1965, sancionada pelo Presidente Castelo Branco declarando Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Patrono da Nação Brasileira. A lei recomenda ainda a inauguração de efígies do Inconfidente em estabelecimentos de ensino e órgãos públicos como uma homenagem. Daí a Assembléia gaúcha convidou o escultor Vasco Prado para esculpir a estátua, agora objeto de polêmica. Ela está assentada sobre uma base também de aço, onde se lê a inscrição: Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria,  colhida de um dos depoimentos de Tiradentes.

                          ARTE BRASILEIRA OS ANOS 60 E 70


Sem Legenda, obra de Carlos Vergara.
Tinta plástica sobre madeira
Dez por cento do total dos trabalhos integrantes de uma das maiores coleções de arte contemporânea deste país a de Gilberto Chateaubriand está exposta no Solar do Unhão.
São 170 trabalhos de 56 artistas, os quais foram realizados de 1960 a 1976, e que nos dá uma ideia da parte do desenvolvimento do setor no Brasil. A mostra embora importante não vem atraindo um número expressivo de visitantes até o momento devido ao fechamento de seus organizadores locais.
A coleção começou por acaso, há cerca de vinte e três anos numa visita que Gilberto Chateaubriand fez a Pancetti, que estava hospedado num pequeno hotel em Salvador. Deste encontro vieram as duas primeiras obras: Marinha de Itapuã e um retrato autografado. O presente de Pancetti serviu para despertar um ávido colecionador de obras de arte que a partir daquele momento inicia uma trajetória em busca de obras significativas da arte brasileira. Na exposição ora montada no Solar do Unhão estão trabalhos de João Câmara Filho, do abstrato Tomie Ohtake, Edival Ramos, Roberto Magalhães, Artur Alípio Barrio, Roberto Vieira, Luiz Alphonsus de Guimarães, Wesley Duke Lee. Francisco Brennand. Um detalhe curioso é que nesta mostra não apresenta nenhum artista baiano, nem mesmo ligado á Bahia, a exceção de Pancetti.

OS ARTISTAS


Pré-Estréia , trabalho de Rubens Gerchman.
Tinta plástica sobre madeira

WESLEY DUKE LEE - São Paulo, (1931) foi um dos pioneiros e representantes típicos da retomada da figuração na arte brasileira ao abrir-se a década de 1960.
Tem sido um elemento catalizador entre os jovens artistas, usando na pintura, desenho, montagens e ambientes os recursos da tecnologia avançada. Cada figura, cada paisagem e cada acontecimento do mundo concreto lhe servem de pretexto para um comentário visual-conceitual.
 RUBENS GERCHMAN - Rio de Janeiro (1942) trabalho marcado por uma figuração crítica denunciadora de início voltada para o folclore urbano nacional, sobretudo carioca. Basta olharmos o quadro Pré-estréia, tinta plástica sobre madeira onde as misses estão desfilando  para termos uma ideia do seu trabalho e objetivo, De 1967 em diante Gerchman partiu da figuração explícita para novas propostas desta vez conceituais em busca do neoconcretismo, criando uma série de obras a meio caminho entre o verbal e o visual.Recentemente assumiu Sua condição de latino-americano com indagações  ecológicas e sociológicas do continente.

CARLOS VERGARA -Santa Maria, RS, (1941) seu trabalho começou a ser  reconhecido em 1960 e uma de suas características é o emprego dos mais variados número de técnicas e materiais. A realidade alienante dos nossos dias é sua preocupação e constantemente está presente em seus trabalhos. A máquina que tritura o homem modesto a solidão, o anonimato a transformação do homem em simples e frio número, e, o ídolo, são utilizados em seus desenhos pinturas, gravuras e fotografias. Tem-se servido do plano e do espaço de matérias nobres como o acrílico e pobres como o papel e o papelão, d registro autobiográfico e da criatividade em equipe, da obra para contemplar e da obra para usar. Neste quadro que apresento, Sem Legenda, onde ele utilizou tinta plástica sobre madeira dá para termos uma rápida ideia do conteúdo de sua obra.

Gostaria ainda de falar sobre Glauco Rodrigues, Francisco Brennand, João Câmara Filho, Sérgio Camargo, Abelardo Zaluar, Ângelo de Aquino e tantos outros que integram esta mostra que sem dúvida foi uma das importantes apresentadas em Salvador neste ano que se finda.

            O PODER DE COMUNICAÇÃO DO CARTAZ

O cartaz tem um grande poder de comunicação e quase sempre é utilizado para anunciar shows, congressos, seminários e também como propaganda oficial. Agora um cartaz acaba de ser premiado na Itália. A Catedral e a Criança idealizado pelo artista gráfico de Frankfurt, Wolfgang Rohde. O cartaz recebeu o Prêmio Gráfico e uma medalha de ouro do Senato italiano. A Central Alemã de Turismo tinha enviado para a Catânia uma série de cartazes turísticos da Europa, África e Ásia. O cartaz da foto retrata uma parte da Catedral da Colônia com a cabeça de uma criança. Os motivos dos outros três cartazes premiados são: uma reprodução do interior da célebre igreja Wieskirchen (Baviera do Norte, século XVIII) com uma partitura de Johann Sebastian Bach; o castelo Mospelbrunn ( Século XV) perto de Frankfurt com um grupo de veados e, uma fachada de uma casa de campo típica do Norte da Alemanha com uma cabeça de cavalo. Os quatro cartazes pretendem fazer propaganda da República Federal por todo o mundo.


                            PAINEL

COMO O DIABO GOSTA – a mostra de arte representativo do Movimento Artístico Baiano continua aberta ao público durante o mês de dezembro. Ainda durante este mês a referida galeria está fazendo uma promoção digna de ser incentivada e prestigiada por todos nós. Visando proporcionar à classe média a compra de uma obra de arte a galeria adquiriu gravuras de artistas baianos e lançou uma campanha Que Seu Presente Seja Uma Obra de Arte.

PANORAMA EM FESTA _ A  Galeria Panorama vem realizando durante o mês de dezembro a apresentação de seus alunos. De 10 a 15 vários deles apresentarão seus trabalhos no V Salão Novos da Panorama.
Agora uma coletiva está acontecendo reunindo trabalhos dos artistas Afonso Garrido. Alcides Naval, Anna Georgina, Antônio Rebouças, Cristiano Coelho, Dulce Scaheppi, Eugênio Roberto, Fred Schaeppi,Jessé Acioly, João Carrera, Leila Saraiva, Luciana Pereira, Márcia Fernandes e Mirabeau Sampaio.

DIDÁTICA – Outra exposição didática está acontecendo na Galeria Canizares , da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, sob a orientação do professor Ivo Vellame, que vem realmente dando grande incentivo às artes em Salvador.

ARTESANATO – acabo de receber um convite do  Estúdio Lambe-Lambe , que fica localizado na Avenida Princesa Isabel para a abertura da exposição de Artesanato Peruano. Uma ressalva, é que a palavra artesanato escreve-se com s e não com z, como está impresso no convite.

BAHIA E HAITI – A Galeria Sereia está apresentando uma mostra de trabalhos de artistas baianos haitianos.Representando a Bahia: e Babalu, Beto, Calixto Sales, Cardoso e Silva , Faroleo, Francisco Augusto ( escultura), Gutembergue Pires, João Alves, Renato Matos, Pedroso e Wilie. Representando o Haiti: Alexandre Gregoire, Castelneau  Bendit, Georges Auguste , Gerelus , Louines Mentol, Louis Joseph , Marccene Laurent, Maurice Vital . Maurice Blaise , Montas Antoine, Pradel Lucien,Robuste Frank e Wilson Bigaud. O catálogo muito bem impresso deveria servir de inspiração para os nosso fatídicos órgãos cultuais . Foto



NOVA GALERIA – A Associação dos Servidores Civis do Brasil acaba de inaugurar a Galeria Presciliano Silva, na Rua Direita da Piedade, 17, com uma exposição de trabalhos de Dias, Emídio Magalhães, Eckener, Gildásio, Itamar Espinheira, Juarez Paraíso, Jaime Sodré, Manoel Bonfim, Oscar Caetano, Raimundo Valadão, Rescalas, dentre outros. A galeria é aberta e alguns alunos da Escola de Belas Artes participam desta coletiva. O dinheiro da exposição será revertido em benefício das Obras Assistenciais de Irmã Dulce